É preciso, neste Portugal
democrático, ter-se muita coragem política para se tomar uma decisão contra a
corrente dominante, a favor da diminuição dos municípios portugueses.
E essa coragem teve-a a
Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António, no extremo sudeste do
território continental, que aprovou uma recomendação ao Governo com vista à sua
fusão com os municípios de Castro Marim e de Alcoutim.
Desconhecendo os fundamentos
para tal deliberação, não posso deixar de concordar, que, em pleno século XXI,
com todas as vias de comunicação existentes e com a escassez de recursos, não
faz sentido a existência do município de Vila Real de Santo António: tem uma
área de pouco mais de 57 quilómetros quadrados, divididos em dois territórios
distintos, separados entre si pelo município de Castro Marim, como se pode ver
em qualquer mapa, e uma população de pouco mais de 19.000 habitantes.
Castro Marim, por seu turno,
tem 299,83 quilómetros quadrados e uma população inferior a 7.000 habitantes.
Se a fusão, ora recomendada,
for avante, o novel município terá uma área a 933,93 quilómetros quadrados e
uma população de pouco mais de 28.800 habitantes.
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