As cidades modernas caracterizam-se pela sua iluminação
nocturna, as ruas limpas e asseadas, os pavimentos, quer dos passeios quer das
faixas de rodagem, em perfeito estado de conservação.
Será que a cidade de Matosinhos é o espelho perfeito de
uma cidade moderna, viva?
Quem nela circular de dia, verá:
»» O pavimento dos passeios danificados, irregulares,
criando dificuldades a quem neles circula, em especial os milhares de cidadãos
que, por razões da idade ou de alguma doença, têm dificuldades de locomoção;
»» As faixas de rodagem, próprias para a circulação das
viaturas com rodas, sejam automóveis ou não, estão num estado tal que, a
maioria, necessita de uma rápida reparação para que o pavimento original seja
restaurado;
»» Em alguns locais, contrariamente ao senso comum, onde
circulam as rodas, o pavimento está em bom estado; onde passam as pessoas, as
passadeiras são feitas em paralelepípedos irregulares, onde, por vezes, alguns
tropeçam, como é exemplo a Av. da Liberdade (troço Norte, em Leça da Palmeira);
»» Em muitos sítios, a sujidade, os detritos, os lixos
domésticos (e não só) acumulam-se [ não por culpa dos esforçados cantoneiros da
limpeza, mas por culpa das gentes que atiram o lixo ou deitam os papéis para o
chão ].
Quem circular de noite verá uma
cidade escura, com inúmeros candeeiros apagados. Exemplificando: apenas nas
Avenidas de maior circulação automóvel e pedonal:
»» A parte mais a sul da Av. Dr. Fernando Aroso, entre a Rua
Direita e a Rua da Congosta do Abade, tem apenas um dos quatro candeeiros
acesos. De Verão não se nota tanto porque o pôr-do-sol é a outras horas; agora
de Inverno …
»» Entre a rotunda frente ao “Rochedo” e a Quinta da
Conceição, passando pela Av. da Liberdade, frente à praia [ sim, frente à praia,
porque existe uma outra Avenida da Liberdade na mesma cidade, mais a Sul, no
seguimento da A4, logo antes da Avenida da República! ] estão sem iluminação
116 lâmpadas apenas dos candeeiros do separador central, não contando as que se
encontram apagadas nos parques de estacionamento laterais.
À noite, existe um outro perigo, desde há muito abordado
por muitos: quando são anunciadas chuvas fortes, são levantadas as tampas das
saídas das águas pluviais o que constituem obstáculos para quem circula, sejam
bicicletas ou automóveis [ quem conhece os locais, toma as precauções
necessárias, afastando-se das bermas ]. Mas quem não conhece …
* * *
* *
Matosinhos é visitada por inúmeros e variados turistas
que nos visitam e desejam ver o “ex-libris” de Matosinhos e Monumento Nacional
– a Casa de Chá da Boa Nova –, sem que o possam fazer. Porquê?
Os acessos são o que todos conhecemos, violando a legislação
vigente. Mesmo depois das recentes obras de reabilitação não houve o cuidado de
se efectivarem as obras indispensáveis ao cumprimento da Lei.
Ou a aplicação de uma Lei da República é apenas para
alguns?
IN Jornal de Matosinhos nº
1772, de 5 de Dezembro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário