1 - A DESPESA PÚBLICA
Em Portugal, a dívida pública não pára de aumentar, não
obstante o esforço feito na satisfação dos compromissos assumidos.
A evolução da dívida:
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30/06/2009
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30/06/2010
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30/06/2011
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30/06/2012
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30/06/2013
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30/06/2014
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Em Euros
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129.704,41
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140.245,11
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150.639,51
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129.855,42
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137.972,73
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134.438,56
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Em Não Euros
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397,71
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2.368,92
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1.913,07
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1.812,27
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1.545,86
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1.268,24
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Total
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130.102,12
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142.614,03
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152.552,58
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131.667,69
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139.518,59
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135.706,80
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Troika
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0,00
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0,00
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19.841,00
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55.391,12
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67.129,03
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77.195,38
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Total
Geral
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130.102,12
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142.614,03
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172.393,58
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187.058,81
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206.647,62
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212.902,18
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Fonte: IGFCP
2 – O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2015
Por consciência cívica, assisti ao debate da discussão na
generalidade do Orçamento do Estado para 2015.
No âmbito da receita – cobrança dos impostos e taxas – o
debate foi aceso, porque, efectivamente, a nossa carga fiscal é elevada.
No âmbito da despesa – a outra vertente do Orçamento do Estado
– só ouvi propostas, por parte da Oposição, no sentido de a aumentar cada vez
mais: desde a reposição dos cortes nos salários e pensões, ao aumento das
verbas consignadas para a Educação e Saúde e para a Segurança Social.
Se o nosso mal é a diferença entre o que se cobra e o que
se gasta – daí o saldo ser constantemente negativo, sendo a diferença coberta
com a contratação de empréstimos (*) – não ouvi uma única palavra sobre a
diminuição da despesa. Antes pelo contrário!
Enquanto se não pensar a sério em diminuir a despesa,
Portugal nunca conseguirá sair do imbróglio em que está metido.
3 – O I.R.C.
Falou-se muito na baixa do IRC. Na verdade, a baixa de 2
pontos percentuais nas pequenas sociedades em nada significa. Se, realmente,
querem baixar os impostos às pequenas empresas acabem com o “Pagamento Especial por Conta”, no mínimo
de 1.000,00 euros anuais, quer tenha ou não lucros e, no caso de haver lucros,
independentemente do seu montante, constituindo, assim, uma espécie de imposto geral mínimo pela existência de
uma sociedade.
Será uma sub-espécie de tributação fascista que existia
em África?
Este pagamento especial por conta foi criado,
provisoriamente, pela Senhora Ministra Dra. Ferreira Leite e tem atravessado os
sucessivos governos desde então!!
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(*) o economês de Portugal é muito interessante:
» o crescimento é negativo – como se pudesse “crescer
para baixo”
» já não se contraem empréstimos – vende-se dívida
IN Jornal de Matosinhos nº
1768, de 7 de Novembro de 2014
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