No programa de acção da Junta de Freguesia
da cidade de Matosinhos está consagrada a criação de um grupo de cidadãos que
voluntariamente exercerão as funções de zeladores
da freguesia, anotando e relatando tudo o que esteja menos bem na
cidade de Matosinhos, que é uma cidade pequena, com pouco mais de 11 Km2 e uma
população de cerca de 40.000 habitantes, encravada entre a cidade do Porto e as
freguesias a Norte e a Nascente do concelho de Matosinhos.
A
criação desse grupo de “zeladores da cidade” não será a passagem de um atestado
de incompetência aos funcionários autárquicos que têm a seu cargo essas mesmas
funções e que, segundo a comunicação social de há uns tempos, dispõem de novas
tecnologias para que, em tempo real, possam participar as ocorrências que
detectarem?
Numa área tão pequena, não será
necessária a criação dos “olhos e ouvidos do chefe”, até porque, nas suas
deslocações dentro da cidade, os responsáveis autárquicos bem sabem no estado
caótico em que a cidade se encontra.
Exemplificando:
»» Os sinais horizontais de
trânsito – as passadeiras e as zonas zebradas necessitam de uma pintura urgente
(o zebrado existente na rotunda da Fonte Luminosa, localizada no cruzamento da
Av. D. Afonso Henriques com as Avenidas Menéres e Villagarcia de Arosa,
praticamente desapareceu!);
»» Foram reparados (finalmente!) os
separadores metálicos na curva junto do Centro Hípico, mas esqueceram-se
que a passadeira existente entre o Centro Hípico e o parque de estacionamento de
fronte continua em violação da lei (não permite a passagem de cidadãos com
locomoção condicionada!);
»» As zonas verdes não são
limpas e tratadas tantas vezes quantas as necessárias para darem um ar da sua
graça, não direi aos residentes que as pagam, mas a quem nos visita,
nomeadamente a quem desembarca no cais do lado Norte, em Leça da Palmeira – o
separador central da Avenida Antunes Guimarães assim como a rotunda frente à
Igreja de Leça da Palmeira e o jardim fronteiro à praia de Leça da Palmeira são
um bom exemplo; outro exemplo é o abandono do jardim da rotunda à entrada da
cidade pela A4 (rotunda do cruzamento da Av. da República com a Av. D. Afonso
Henriques, onde passa o metro ligeiro de superfície) e toda a zona verde da Av.
da Liberdade (na continuação da A4);
»» O relvado existente na
Avenida da Liberdade, junto da Refinaria, antes do Centro de Tratamento de
Águas Residuais de Matosinhos (ETAR) quase que desapareceu – como o acesso ao
relvado pelo parque de estacionamento pode danificar as suspensões das
viaturas, agora é moda entrar-se pela rampa da passadeira existente antes do
acesso ao parque de estacionamento;
»» Algumas das faixas de rodagem
da cidade apresentam abaixamentos, alguns bem acentuados (quem vindo da Rua
de Conde Alto Mearim virar à direita e entrar na Av. Villagarcia de Arosa tem
de o fazer com mil e um cuidados – as colunas vertebrais e os amortecedores
agradecem).
O
autor escreve de harmonia com o acordo ortográfico de 1945.
IN Jornal de
Matosinhos nº 1796, de 22 de Maio de 2015
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