Todos os dias, ao final do dia, pelo menos as ruas da freguesia de Matosinhos estão sujas, com um aspecto de não verem uma vassoura há vários dias.
E como não posso abordar um tema, seja ele qual for, sem averiguar o que se passa, pus as rodas ao caminho, e durante alguns largos minutos dei uma voltas pela freguesia, abordei algumas pessoas e fiquei a saber que, durante a noite e de manhã, os nossos “almeidas” fazem a recolha do lixo, varrem e limpam as ruas. E algumas viaturas especiais “varrem” e aspiram as valetas. E tudo fica limpo!
Como é possível que ao fim do dia estejam as ruas tão sujas?
O que se passa?
Por falta da necessária fiscalização “de quem de direito”, os cidadãos de Matosinhos atiram papéis para o chão, cospem para o exterior das viaturas, e, depois da hora do almoço, começam a depositar os sacos com o lixo nas ruas, mais precisamente nas esquinas, junto de uma árvore ou de um poste de iluminação pública ou de um semáforo.
E passeiam os seus cãezinhos que logo aproveitam as zonas públicas para satisfazerem as mais básicas funções dos organismos vivos: depositarem os seus dejectos.
Serão os matosinhenses mais “porcos” que os habitantes de outras cidades?
Certamente que não. Por exemplo, em Vila Nova de Gaia, a polícia municipal fiscaliza os locais onde os gaienses “gostam” de depositar os seus lixos a horas menos próprias e agem em conformidade: passam o “papelinho” para aliviar a carteira do prevaricador que, assim, aprenderá a lição e já não voltará a depositar os lixos onde e quando quer – cumprem e fazem cumprir os regulamentos vigentes.
Se, em Matosinhos, a nossa vereadora do ambiente (e da qualidade de vida, pois então!) fosse mais actuante, sensibilizasse o “povão” para o cumprimento básico de uma vida comunitária (os espanhóis falam em “comunidad de vicinos”) talvez depois de um tirocínio com o seu homólogo gaiense, tomaria a mesma medida: divulgaria por todos os meios ao seu alcance, e são vários (a Câmara Municipal de Lisboa sensibiliza através de rádios locais), que a polícia municipal passaria a vigiar o comportamento menos próprio dos cidadãos e, passado o prazo previsto, passaria a “aliviar” a carteira dos prevaricadores (aliás, em alguns locais há um aviso nesse sentido. Que importa? não há quem fiscalize!)
Matosinhos é uma cidade que vive grande parte dela do turismo e o lixo vespertino é o nosso “cartão de visita”, pelo que urge pôr termo definitivo, com mão de ferro, para não ser como a missão anterior: lembram-se do “quem incomoda incomoda-se – a cidade é de todos”?
Finou.
Não mais teve continuidade.
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