segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AS NOSSAS RUAS

Todos os dias, ao final do dia, pelo menos as ruas da freguesia de Matosinhos estão sujas, com um aspecto de não verem uma vassoura há vários dias.
E como não posso abordar um tema, seja ele qual for, sem averiguar o que se passa, pus as rodas ao caminho, e durante alguns largos minutos dei uma voltas pela freguesia, abordei algumas pessoas e fiquei a saber que, durante a noite e de manhã, os nossos “almeidas” fazem a recolha do lixo, varrem e limpam as ruas. E algumas viaturas especiais “varrem” e aspiram as valetas. E tudo fica limpo!
Como é possível que ao fim do dia estejam as ruas tão sujas?
O que se passa?
Por falta da necessária fiscalização “de quem de direito”, os cidadãos de Matosinhos atiram papéis para o chão, cospem para o exterior das viaturas, e, depois da hora do almoço, começam a depositar os sacos com o lixo nas ruas, mais precisamente nas esquinas, junto de uma árvore ou de um poste de iluminação pública ou de um semáforo.
E passeiam os seus cãezinhos que logo aproveitam as zonas públicas para satisfazerem as mais básicas funções dos organismos vivos: depositarem os seus dejectos.
Serão os matosinhenses mais “porcos” que os habitantes de outras cidades?
Certamente que não. Por exemplo, em Vila Nova de Gaia, a polícia municipal fiscaliza os locais onde os gaienses “gostam” de depositar os seus lixos a horas menos próprias e agem em conformidade: passam o “papelinho” para aliviar a carteira do prevaricador que, assim, aprenderá a lição e já não voltará a depositar os lixos onde e quando quer – cumprem e fazem cumprir os regulamentos vigentes.
Se, em Matosinhos, a nossa vereadora do ambiente (e da qualidade de vida, pois então!) fosse mais actuante, sensibilizasse o “povão” para o cumprimento básico de uma vida comunitária (os espanhóis falam em “comunidad de vicinos”) talvez depois de um tirocínio com o seu homólogo gaiense, tomaria a mesma medida: divulgaria por todos os meios ao seu alcance, e são vários (a Câmara Municipal de Lisboa sensibiliza através de rádios locais), que a polícia municipal passaria a vigiar o comportamento menos próprio dos cidadãos e, passado o prazo previsto, passaria a “aliviar” a carteira dos prevaricadores (aliás, em alguns locais há um aviso nesse sentido. Que importa? não há quem fiscalize!)
Matosinhos é uma cidade que vive grande parte dela do turismo e o lixo vespertino é o nosso “cartão de visita”, pelo que urge pôr termo definitivo, com mão de ferro, para não ser como a missão anterior: lembram-se do “quem incomoda incomoda-se – a cidade é de todos”?
Finou.
Não mais teve continuidade.

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